O Papa partiu este Sábado para a sua primeira visita a Cuba, numa viagem de dez dias, a mais longa do pontificado, que vai prosseguir nos Estados Unidos da América.
O voo papal descolou de Roma às 10h32 locais (menos uma em Lisboa) e deve chegar a Havana pelas 16h00 de Cuba (21h00 em Lisboa); a cerimónia de boas-vindas vai decorrer no Aeroporto Internacional.
A Santa Sé informou que, como é tradição, Francisco esteve em oração, de forma privada, na Basílica de Santa Maria Maior, antes da viagem.
O porta-voz do Vaticano indicou que é “previsível” que o Papa se encontre com Fidel Castro durante a visita a Cuba, que se prolonga até terça-feira.
“É verosímil, previsível que haja um encontro, durante a jornada em Havana, mas ainda não está inserido num momento específico da agenda”, disse o padre Federico Lombardi, em conferência de imprensa.
O programa oficial da viagem, no domingo, começa com uma Missa na Praça da Revolução (14h00 em Lisboa), antes de um encontro privado com Raul Castro, presidente cubano.
Durante a celebração eucarística, o Papa vai dar a Primeira Comunhão a cinco crianças, um gesto que simboliza o “crescimento” da Igreja Católica, segundo o diretor da sala de imprensa da Santa Sé.
As estatísticas divulgadas pelo Vaticano mostram que há mais de 6,7 milhões de católicos em Cuba, correspondendo a 60,5% da população total da ilha.
A agenda de domingo inclui ainda uma oração com membros do clero e religiosos, bem como uma saudação aos jovens no Centro Cultural Padre Félix Varela.
Francisco vai visitar na segunda-feira a localidade de Holguín, para celebrar a Missa na Praça da Revolução local e abençoar a cidade.
Esta é uma novidade face às visitas de São João Paulo II (1998) e Bento XVI (2012), os primeiros Papas a pisar solo cubano.
A agenda papal passa depois pela cidade de Santiago, para encontros com os bispos e uma oração no santuário mariano nacional.
Francisco vai assinalar assim o 100.º aniversário da declaração da Virgem da Caridade do Cobre como padroeira do país.
Neste mesmo santuário vai iniciar-se o programa de terça-feira, com uma Missa, antes de um encontro com as famílias na catedral de Santiago e da cerimónia de despedida, nesta cidade.
O Papa segue depois para os Estados Unidos da América, onde vai passar por Washington, Nova Iorque e Filadélfia, para falar ao Congresso norte-americano, na sede da ONU e encerrar o 8.º Encontro Mundial das Famílias.
Estão previstas 26 intervenções e sete voos, que perfazem um total de 19 mil quilómetros.
De regresso a Roma, o voo papal deve aterrar na capital italiana pelas 10h00 (menos uma em Lisboa) de 28 de setembro.