O Papa Francisco recordou este Domingo no Vaticano a festa da Sagrada Família, no primeiro domingo após o Natal, e criticou as dificuldades que são impostas às famílias de todo o mundo.
“Gostaria de saudar [as famílias] com todo o afeto e reconhecimento, especialmente neste nosso tempo, no qual a família está sujeita a incompreensões e dificuldades de vários tipos que as enfraquecem”, declarou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus.
Depois da Missa a que presidiu na Basílica de São Pedro, para celebrar o Jubileu da Família no ano santo extraordinário da misericórdia, Francisco recordou todas as famílias com quem se encontrou ao longo do ano de 2015, em particular no encontro mundial de setembro, em Filadélfia, Estados Unidos da América.
O Papa propôs a todas as famílias a imitação dos “traços típicos” da Sagrada Família: “Recolhimento e oração, compreensão mútua e respeito, espírito de sacrifício, trabalho e solidariedade”.
Falando da família como uma “comunidade especial de vida e de amor”, Francisco convidou os católicos a ser “fermento do bem na sociedade”.
“Nossa Senhora e São José ensinam-nos a acolher os filhos como dom de Deus, a gerá-los e educa-los, cooperando de forma maravilhosa na obra do Criador e oferecendo ao mundo, em cada criança, um novo sorriso”, acrescentou.
A intervenção recordou a importância da família no amadurecimento dos filhos, num ambiente de “ternura”, “perdão” e “alegria”.
“A verdadeira alegria que se sente na família não é algo de casual e fortuito, é uma alegria fruto da harmonia profunda entre as pessoas”, observou.
O Papa pediu que as famílias abram a sua porta à “presença de Deus”, para que prevaleça a harmonia e não “o individualismo”.
“Que Jesus, Maria e José abençoem e protejam todas as famílias do mundo, para que nelas reine a serenidade e alegria, a justiça e a paz, que Cristo ao nascer trouxe como dom para a humanidade”, concluiu.
Já após a oração, Francisco saudou as famílias presentes na Praça de São Pedro, a quem agradeceu pelo seu “testemunho” de vida, rezando por elas.