Papa encerra ano da vida consagrada apelando a seriedade na consagração ao Senhor

Papa encerra ano da vida consagrada apelando a seriedade na consagração ao Senhor

O Papa encerrou esta Terça-feira, 2 no Vaticano o Ano da Vida Consagrada numa celebração na Basílica de São Pedro, durante a qual alertou para as “feridas” da humanidade que exigem uma resposta da Igreja Católica.

“Os consagrados e consagradas são chamados a ser sinal concreto e profético da proximidade de Deus, da partilha da condição de fragilidade, de pecado e das feridas do homem do nosso tempo”, declarou, na homilia da Missa a que presidiu.

A celebração acontece simbolicamente no dia da festa litúrgica da Apresentação de Jesus no Templo, em que a Igreja Católica assinala anualmente o Dia da Vida Consagrada.

A Basílica de São Pedro acolheu centenas de membros de institutos religiosos, seculares e de sociedades de vida apostólica.

“Os consagrados e as consagradas são chamados acima de tudo a ser homens e mulheres do encontro”, assinalou Francisco.

O Ano da Vida Consagrada começou em novembro de 2014 por iniciativa do próprio Francisco, primeiro Papa jesuíta da história da Igreja.

“Todas as formas de vida consagrada, cada uma segundo as suas caraterísticas, são chamadas a um estado permanente de missão, partilhando as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias do homem de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem”, realçou o Papa.

A homilia de hoje apresentou a vocação dos consagrados como uma “graça do Senhor” que surge através de um encontro que “muda a vida”.

“Também nós somos chamados hoje a fazer escolhas proféticas e corajosas”, observou.

Francisco falou como consagrado, ele próprio, e evocou os fundadores das várias congregações e institutos, homens e mulheres que “não tiveram medo de sujar as mãos com a vida quotidiana, com os problemas das pessoas, percorrendo com coragem as periferias geográficas e existenciais”.

A celebração começou com a bênção das velas e a procissão até ao altar, onde o Papa recordou um ano vivido com “muito entusiasmo” e que agora desemboca no Jubileu da Misericórdia, a decorrer até novembro.

Francisco disse que o Ano da Vida Consagrada se pode resumir na atitude de “gratidão pelo dom do Espírito Santo, que anima sempre a Igreja através dos diversos carismas”.

Os membros das congregações religiosas fazem a profissão pública dos conselhos evangélicos [pobreza, castidade e obediência], assumidos por votos ou outros vínculos, vivendo em comunidade.

Os membros dos institutos seculares, por sua vez, fazem a mesma profissão de pobreza, castidade e obediência, vivendo a sós, em família ou em grupo de vida fraterna, segundo as normas próprias.