O Papa classificou esta Sexta-feira 26, a caridade como uma atitude “mais precisa do que nunca” no mundo, numa audiência com os participantes de um congresso dedicado aos 10 anos da encíclica “Deus caritas est”.
Segundo a sala de imprensa da Santa Sé, durante o encontro no Vaticano Francisco enalteceu o esforço que a Cáritas e outras organizações solidárias católicas têm feito no mundo, no sentido de “garantir aos mais pobres uma vida mais digna e humana”
Um trabalho “essencial, não pelas palavras mas por um amor concreto que pode levar cada pessoa a sentir-se amada por Deus”, frisou o Papa argentino.
No congresso em Roma estão presentes representantes de vários países das conferências episcopais e de organismos caritativos da Igreja, incluindo a directora da Cáritas de Cabo Verde, Marina Almeida Costa, para além de responsáveis de organismos da Santa Sé.
A todos o Papa recordou que “o ato de caridade não é simplesmente dar uma esmola para aliviar a consciência” mas sim “o centro de toda a vida católica”.
Quanto mais vivermos neste espírito, mais autênticos seremos como cristãos”, acrescentou.
Francisco frisou também que “a caridade é o primeiro e o maior dos mandamentos” e, a par da “misericórdia”, o gesto que melhor demonstra a relação que Deus construiu e quer continuar a construir com os homens.
“Deus não tem apenas o desejo ou a capacidade de amar, Deus é amor: a caridade é a sua essência, a sua natureza. Assim, devemos olhar para a caridade divina como um compasso que marca o ritmo da nossa vida. Através da caridade, aprendemos a olhar para os nossos irmãos e irmãs no mundo”, complementou.
Organizado pelo Conselho Pontifício “Cor Unum”, organismo da Santa Sé que coordena a acção das instituições católicas ligadas à área social e humanitária, o congresso em Roma, esta quinta e sexta-feira, assinalou os 10 anos da encíclica “Deus caritas est”, escrita pelo Papa Bento XVI.
Um documento que “recordou que a caridade precisa de estar cada vez mais reflectida na obra da Igreja Católica”, disse o Papa argentino, enfatizando a oportunidade que o Jubileu da Misericórdia também deve representar para que todos os cristãos.
Para que façam da caridade o centro “da sua vida e do seu testemunho, o centro da proclamação de toda a fé”, concluiu.