Em mais uma das audiências mensais dedicadas ao Jubileu da Misericórdia o Papa Francisco falou sobre misericórdia e esmola na sua catequese.
O Santo Padre começou por recordar que esmola deriva do termo grego que significa, precisamente, misericórdia. E, como a misericórdia chega até nós por “mil estradas, também de inúmeros modos a nossa esmola pode beneficiar o necessitado” – afirmou.
Nesta categoria de necessitado, a Bíblia inclui os indigentes, os forasteiros, os órfãos e as viúvas. A esmola é um gesto de sincera solicitude por quem se aproxima de nós e nos pede ajuda – observou o Santo Padre – esta ajuda não deve ser prestada com alarde para sermos louvados pelos outros, mas no segredo onde só Deus vê e compreende o valor do ato realizado.
Na verdade – continuou o Papa – “não é a aparência que conta, mas a capacidade de parar e fixar, olhos nos olhos, a pessoa que pede ajuda”. Assim não devemos identificar a esmola com a oferta duma moedinha, dada à pressa para nos livrarmos de um pedinte, mas olhar a pessoa e deter-se a falar com ela, para se entender verdadeiramente o que ela necessita – assinalou Francisco.
A esmola deve levar consigo toda a riqueza da misericórdia. Lêem-se, no livro bíblico do Deuteronómio, estas palavras do Senhor que o Papa recordou: “Deves dar-lhe sem que o teu coração fique pesaroso” (15, 10.11). Isto significa que a esmola requer, antes de mais nada, uma atitude de alegria interior, pois, como disse Jesus, “a felicidade está mais em dar do que em receber” – disse o Papa no final da sua catequese tendo recordado uma pequena história em que uma mãe de três filhos pede a cada um deles para partilhar metade da própria refeição com um pobre que lhes bateu à porta. “Eu privo-me de algo que é meu para dar a ti” – disse Francisco.
O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Com grande afecto, saúdo os peregrinos de língua portuguesa, em particular os grupos de Pontal e do Colégio S. Bento do Rio de Janeiro, com votos de que possais vós todos dar-vos sempre conta do dom maravilhoso que é pertencer à Igreja. Vele sobre o vosso caminho a Virgem Maria e vos ajude a ser sinal de confiança e instrumento de caridade no meio dos vossos irmãos. Sobre vós e vossas famílias desça a Bênção de Deus.”
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção.