O Papa disse este Domingo no Vaticano que a Igreja Católica não vai “tolerar” quaisquer abusos sobre menores e defendeu a necessidade de “punir” os abusadores.
“Esta é uma tragédia: não devemos tolerar abusos de menores, temos de defender os menores e devemos punir severamente os abusadores”, declarou, desde a janela do apartamento pontifício, ao saudou os membros da Associação ‘Meter’, da Itália.
Francisco recordou que esta instituição luta “há muitos anos” contra “todas as formas de abusos de menores”.
“Obrigado pelo vosso compromisso e continuem com coragem”, disse, ao grupo que se reuniu hoje na Praça de São Pedro, para acompanhar a recitação da oração do ‘Regina Coeli’.
A delegação incluía voluntários empenhados na protecção de menores, famílias de crianças abusadas e vítimas da pedofilia.
A iniciativa assinalou o 20.º Dia das Crianças Vítimas da Violência.
“As crianças são abusadas por todos, não há uma categoria social específica. São devastadas na sua intimidade e os seus corpos são objecto do tráfico e do mercado”, explicou à Rádio Vaticano o padre Fortunato Di Noto, fundador da ONG.
O Papa Francisco reafirmou em Fevereiro a política de ‘tolerância zero’ na Igreja Católica para casos de abuso sexuais e criticou os bispos que ignoram ou encobrem estas situações.
“Um bispo que muda de paróquia um sacerdote quando se reconhece um caso de pedofilia é um inconsciente e a melhor coisa que pode fazer é [apresentar] a renúncia. Está claro?”, disse aos jornalistas, no regresso a Roma, durante o voo que partiu de Ciudad Juárez, onde concluiu a sua visita ao México.