Papa desafia católicos a acolher migrantes que outros querem “mandar embora”

Papa desafia católicos a acolher migrantes que outros querem “mandar embora”

O Papa afirmou este Domingo no Vaticano que os católicos se devem distinguir pela sua capacidade de estarem “próximos do irmão e da irmã” que estiverem em dificuldade, como os doentes, os que têm fome, os migrantes ou idosos abandonados.

Perante milhares de pessoas reunidas para a Praça de São Pedro, para a recitação da oração do ângelus, Francisco sublinhou que, de acordo com os Evangelhos, todos serão “julgados” em função das “obras de misericórdia” e da sua capacidade de reconhecer Jesus Cristo nos necessitados.

“Aquela criança com fome era eu. Lembras-te? Aquele migrante que tantos queiram mandar embora era eu. Os avós sós, abandonados nos lares, eram eu. Aquele doente sozinho no hospital que ninguém ia visitar era eu”, advertiu o Papa, parafraseando uma passagem do Evangelho.

Francisco defendeu que a vida cristã tem de ser mais do que apenas “palavras, palavras” e traduzir-se em obras concretas, numa reflexão que partiu da parábola do Bom Samaritano.

“Através das boas obras, cumpridas com amor e alegria para com o próximo, a nossa fé germina e dá fruto”, precisou.

O Papa desafiou os presentes a responder, “cada um no seu coração”, se a sua fé é fecunda e produz boas obras ou se “passam ao lado” do seu próximo.

“Que a Virgem Maria nos ajude a caminhar no caminho do amor generoso para com os outros, o caminho do bom samaritano”, concluiu.