Papa Francisco recebeu esta quarta-feira o presidente francês, numa audiência privada marcada pelo assassinato do padre gaulês Jacques Hamel, a 26 de Julho último.
Em declarações veiculadas pela Rádio Vaticano, François Hollande disse levar ao Papa argentino “uma mensagem de reconhecimento, de gratidão” pelas palavras que Francisco deixou depois daquele “terrível atentado”, levado a cabo por dois jovens radicais islâmicos, em Nice.
“O Papa teve palavras muito confortantes, afirmando que se sentia como um irmão junto ao povo francês”, recordou o chefe de Estado francês.
François Hollande referiu ainda que “todas as palavras pronunciadas por Francisco e pelos responsáveis pela Igreja Católica na França foram muito importantes, porque contribuíram para a unidade da França, para a união.
“E demonstram o ímpeto de solidariedade do mundo pela França, atingida pelo terrorismo”, assinalou.
A audiência privada com o Papa durou cerca de 40 minutos, período em que os dois responsáveis trocaram ideias sobre outras matérias como a crise no Médio Oriente e o drama dos refugiados.
No final do encontro, Francisco e Hollande trocaram alguns presentes: o Papa ofereceu ao presidente gaulês uma escultura em bronze – obra da artista Daniela Fusco – representando a profecia de Isaías: “O deserto se transformará em um jardim”.
Um trabalho onde “o ramo seco e espinhoso que se recobre de folhas e de frutos, representa a passagem do egoísmo à colaboração, da guerra à paz”.
Francisco deixou ainda a Hollande “uma cópia da Encíclica ‘Laudato Si’ e das Exortações Apostólicas ‘Amoris laetitia’ e ‘Evangelii gaudium’.
Por sua vez, o presidente de França ofereceu ao Papa uma porcelana de Sèvres, com o brasão da França.