"Jesus é a porta que nos propicia amor, compreensão e protecção" Angelus

“A porta da misericórdia de Deus – prosseguiu – é sempre aberta para todos. Deus não tem preferências, pois acolhe sempre todos, sem distinção. E a salvação que Ele nos dá é um fluxo incessante de misericórdia que derruba qualquer barreira e abre para surpreendentes perspectivas de luz e de paz”.

No Evangelho de Lucas, Jesus adverte: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita. Pois eu vos digo que muitos ten­tarão entrar e não conseguirão”. “Esta porta não é estreita porque é oprimente – explicou o Papa – mas porque assim, nós limitamos e contemos nosso orgulho e nosso medo; e nos abrimos com coração humilde e confiante a Ele, reconhecendo-nos como pecadores e necessitados de seu perdão”.

Em silêncio para meditar com os fiéis

Improvisando, o Papa propôs aos presentes que pensassem em silêncio alguns instantes nas coisas que cada um tem dentro e que impedem que se atravesse esta porta: o orgulho, a soberba, os pecados...

“Depois, pensemos na outra porta, aquela que está escancarada... a da misericórdia de Deus que nos espera do outro lado, para nos perdoar. Esta porta é a ocasião”.

Referindo-se ainda à narração de Lucas, Francisco lembrou que “a um certo ponto, o dono da casa se levanta e fecha a porta. “Mas se Deus é bom e nos ama, por que fecha a porta? Porque nossa vida não é um videogame e nem uma novela. Nossa vida é uma coisa séria e o objetivo a alcançar é importante: a salvação eterna. Ao entrar pela porta de Jesus, a porta da fé e do Evangelho, deixamos para trás atitudes mundanas, maus hábitos, egoísmos e fechamentos”.

Maria nos ajude a compreender

A exortação final do Pontífice foi a Maria: “a ela, peçamos que nos ajude a entender as ocasiões que o Senhor nos oferece para atravessar a porta da fé e percorrer uma estrada maior: o caminho da salvação, capaz de acolher todos os que se deixam envolver pelo amor. É o amor que salva; é o amor que na terra é fonte de bem-aventuranças para aqueles que na mansidão, na plenitude e na justiça, se esquecem de si e se doam aos outros, especialmente aos mais frágeis”.