Papa Francisco exprime o seu pesar pelas vítimas do terramoto

Papa Francisco exprime o seu pesar pelas vítimas do terramoto

O terramoto de 6 graus na escala Richter que atingiu o centro da Itália também foi sentido em Roma. Entretanto, a Audiência geral com o Papa nesta quarta-feira seguiu como prevista

Não foram registrados danos na capital nem no Vaticano. Tampouco na Basílica de São Francisco, em Assis. Alguns danos foram reportados na Basílica de São Bento em Núrcia. 

Às 3h36 (hora local) o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) registou o epicentro do terramoto principal a 4 quilómetros de profundidade entre as províncias de Rieti e Ascoli Piceno, distantes cerca de 100 km da capital Roma. Seguiram-se durante a madrugada outros tremores de 5.1 e 5.4 graus.

A cidade mais atingida foi Amatrice, na província de Rieti, para onde meios especiais da Defesa Civil foram deslocados logo após o terramoto. O Prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi disse que “a cidade não existe mais” e que “há pessoas sob os escombros”.

Foram registados desabamentos e danos em cidades e estradas do Lazio, da Úmbria e das Marche.

As primeiras informações são de que duas pessoas morreram na região das Marche e de que outras vítimas estariam sob os escombros também em Accumoli, epicentro do terramoto.

O número de mortos confirmados até agora pela Defesa Civil é de 63 mortos.

É neste clima, que o Papa Francisco iniciou a Audiência Geral desta quarta-feira, dia 24 de Agosto, às 10 horas na Praça de S. Pedro repleta de fiéis e peregrinos vindos das diversas partes do mundo.

: “Tinha preparado a catequese de hoje, disse Francisco, como para todas as quartas-feiras deste ano da misericórdia, sobre o tema da proximidade de Jesus. Mas perante a notícia do terramoto que atingiu o centro da Itália, devastando inteiras zonas e causando mortos e feridos, não posso não exprimir a minha profunda dor e a minha proximidade a todas as pessoas presentes nos lugares do terramoto; a todas as pessoas que perderam os seus entes queridos e aquelas que ainda se sentem angustiados pelo medo e pelo terror causado pelo cismo”.

O Papa exprimiu em seguida a sua grande comoção ao citar as palavras proferidas pelo Prefeito de Amatrice, epicentro do terramoto, que disse “Amatrice não existe mais”; grande comoção,  sobretudo, ao saber que entre os mortos há tantas crianças.

Neste sentido o Santo Padre assegurou a todas as pessoas de Amatrice e arredores e outras zonas atingidas da diocese de Rieti, de Ascoli Piceno e de todas as outras zonas do Lazio, da Umbria e das Marche, as suas orações, assegurando-lhes o carinho e o abraço de toda a Igreja. A todos, neste momento, a Igreja se une com o seu amor materno. O Papa enviou ainda a todos os que sofrem pelo terramoto o seu abraço e o dos presentes na Praça de S. Pedro.

Finalmente, Francisco agradeceu a todos os voluntários e os agentes da Defesa Civil Italiana, que estão socorrendo as populações gravemente atingidas, nestes termos: “peço-vos que se unam a mim na oração, para que o Senhor Jesus, que sempre se comoveu diante da dor humana, console estes corações entristecidos e lhes dê a paz, por intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria”.

Pedindo aos presentes na Praça de S. Pedro, para “se  comoverem como Jesus” perante a tal tragédia, Francisco adiou a sua catequese da Audiência Geral desta quarta-feira para a próxima semana.

Depois, Francisco convidou os fiéis e peregrinos a rezar com ele parte do Rosário, os mistérios dolorosos, pelos irmãos e irmãs atingidos pelo cismo.

No final da Audiência Geral, o Santo Padre passou a cumprimentar os presentes na Praça de S. Pedro em diversas línguas entre elas o português, nestes termos: “Saúdo os peregrinos de língua portuguesa do Brasil e de Portugal. Jesus os convida a levar aos outros a alegria do Evangelho, que nos ensina que “homens e mulheres partilham da mesma dignidade”, porque todos somos a mesma coisa em Cristo. Que Deus os abençoe”

Ao concluir, o Papa recordou que, nestas últimas semanas, os Observadores internacionais exprimiram a sua preocupação pela degeneração da situação na Ucrânia oriental. Neste sentido Francisco fez um premente apelo nestes termos: “Hoje, enquanto aquela querida nação celebra a sua festa nacional, que coincide com o 25º aniversário da independência, asseguro as minhas orações”.

Finalmente, o Papa, a todos deu a sua Bênção Apostólica.