O Papa Francisco disse este Domingo no Vaticano que os católicos devem ter a “coragem” de ser missionários e de “resistir à incredulidade” no mundo actual.
“É preciso coragem para nos abrirmos a todos, sem nunca diminuir o carácter absoluto e a unidade de Cristo, único salvador de todos; é preciso coragem para resistir à incredulidade, sem nos tornarmos arrogantes”, apelou, no encontro com milhares de peregrinos e visitantes na Praça de São Pedro, para a recitação da oração do ângelus.
A intervenção aludiu ao Dia Mundial das Missões 2016, que a Igreja Católica celebra este domingo, para sublinhar que “hoje é tempo de missão e é tempo de coragem”.
“Coragem para dar força aos passos vacilantes, para retomar o gosto de gastar-se pelo Evangelho, de readquirir confiança na força que a missão transporta consigo”, prosseguiu.
Francisco observou que é preciso acreditar, sem que isso seja “garantia de sucesso”, e “lutar, não necessariamente para vencer”.
“É tempo de coragem (…) para anunciar, não necessariamente para converter. É preciso coragem para ser alternativas para o mundo, sem nunca nos tornarmos polémicos ou agressivos”, sustentou.
O Papa apresentou a figura do Apóstolo Paulo (século I) como exemplo para os católicos, no anúncio da mensagem do Evangelho, com o “espírito de sacrifício dos atletas” e a consciência de que o sucesso é um “dom” do “Espírito Santo que torna eficaz a missão da Igreja no mundo”.
“Que a Virgem Maria, modelo da Igreja ‘em saída’ e dócil ao Espírito Santo, nos ajude a ser todos, em função do nosso Baptismo, discípulos missionários, para levarmos a mensagem de salvação a toda a família humana”, concluiu.
O Dia Mundial das Missões 2016 tem como tema ‘Igreja missionária, testemunha de misericórdia’, ligando a celebração ao Ano Santo Extraordinário que decorre até 20 de Novembro.
Após a catequese, o Papa saudou os participantes no jubileu dos grupos corais da Itália e despediu-se com os habituais votos de “bom domingo” e “bom almoço”.