O Papa evocou este Domingo, no Vaticano, o testemunho de três novos beatos católicos, martirizados no século XX, e destacou a importância da fé na “promessa de salvação e de eternidade” de Jesus.
“Que o exemplo destes mártires possa confortar tantos cristãos que são discriminados pela sua fé no nosso tempo”, disse, após a recitação do ângelus, desde a janela do apartamento pontifício, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
Este sábado foram beatificados na Albânia os padres Luigi Paliq e Gjon Gazulli, condenados à morte em 1913 e 1926, respetivamente, vítimas da repressão política no país.
Já hoje, em Friburgo, na Alemanha, foi beatificado o padre Max Josef Metzger, sacerdote diocesano, fundador do Instituto Secular de Cristo Rei, perseguido pelo regime nazi por causa do seu compromisso em favor da paz.
No seu encontro com os peregrinos, o Papa convidou a refletir sobre “o que passa e o que permanece” na vida de cada um.
“Nalgumas circunstâncias da nossa vida, quando passamos por uma crise ou experimentamos algum fracasso, bem como quando vemos ao nosso redor a dor causada pelas guerras, pela violência, pelos desastres naturais, temos a sensação de que tudo está a chegar ao fim e sentimos que até as coisas mais belas passam”, assinalou.
As crises e os fracassos, embora dolorosos, são importantes, pois nos ensinam a dar a tudo o devido peso, a não prender o coração às realidades deste mundo, porque elas passarão: estão destinadas a passar”.
Francisco destacou que as palavras de Jesus “permanecem para sempre”.
“Assim, Ele convida-nos a confiar no Evangelho, que contém uma promessa de salvação e de eternidade, e a não viver sob a angústia da morte”, acrescentou.
O Papa destacou que a “promessa de ressurreição” traz um novo significado para a realidade.
“Tudo morre e nós também morreremos um dia, mas não perderemos nada do que construímos e amamos, porque a morte será o início de uma nova vida”, precisou.
Após a oração do ângelus, Francisco recordou todas as vítimas de acidentes rodoviários.
“Rezemos por elas, pelas suas famílias, e empenhemo-nos na prevenção dos acidentes”, apelou.
O Papa quis também recordar todos os pescadores por ocasião do Dia Mundial da Pesca, que se assinala na próxima quinta-feira: “Que Maria, Estrela do Mar, proteja os pescadores e as suas famílias”.
Francisco uniu-se à iniciativa da Conferência Episcopal Italiana, que esta segunda-feira promove um novo dia de oração pelas vítimas e sobreviventes de abusos.
“Cada abuso é uma traição à confiança, é uma traição à vida. A oração é indispensável para restaurar a confiança”, declarou.
OC