O Primeiro-ministro Najib Razak, da Malásia, esteve de visita a Bento XVI, onde anunciou o estabelecimento de relações diplomáticas entre o seu país e a Santa Sé. A Malásia é um país de maioria muçulmana mas com uma minoria significativa, na ordem dos 9%, de cristãos. Muitos destes são descendentes de portugueses, da região de Malaca.
Nos últimos anos têm aumentado as tensões inter-religiosas no país, com o Governo a tentar proibir os cristãos de usar a palavra Allah como referência a Deus, dizendo que a mesma pertence exclusivamente aos muçulmanos.
Os cristãos têm argumentado que o termo "Allah" é simplesmente a palavra árabe para Deus, que entrou na língua malaia e pode ser usada por qualquer religião. A situação atingiu o seu pico em Janeiro de 2010 quando várias igrejas foram atacadas por muçulmanos.
O estabelecimento de relações entre o Estado e a Santa Sé está a ser lida, neste contexto, como uma forma apaziguar a comunidade cristã. Contudo, o gesto do primeiro-ministro surgiu na véspera da decisão de um tribunal de recursos que ameaça tornar a situação inter-religiosas ainda mais complexa. Segundo os juízes, a constituição não protege o direito de renunciar ao Islão.
O caso foi iniciado por uma muçulmana que abandonou o Islão. Por causa disso foi condenada por um tribunal islâmico, que actua à margem do sistema judicial, abrange apenas muçulmanos, mas é reconhecida pelo Estado.
Kamariah Ali argumenta que, sendo adulta e tendo renunciado àquela religião, não deve ser considerada sujeita aos tribunais islâmicos, mas em recurso o tribunal civil decidiu de modo contrário.
Nos últimos anos têm aumentado as tensões inter-religiosas no país, com o Governo a tentar proibir os cristãos de usar a palavra Allah como referência a Deus, dizendo que a mesma pertence exclusivamente aos muçulmanos.
Os cristãos têm argumentado que o termo "Allah" é simplesmente a palavra árabe para Deus, que entrou na língua malaia e pode ser usada por qualquer religião. A situação atingiu o seu pico em Janeiro de 2010 quando várias igrejas foram atacadas por muçulmanos.
O estabelecimento de relações entre o Estado e a Santa Sé está a ser lida, neste contexto, como uma forma apaziguar a comunidade cristã. Contudo, o gesto do primeiro-ministro surgiu na véspera da decisão de um tribunal de recursos que ameaça tornar a situação inter-religiosas ainda mais complexa. Segundo os juízes, a constituição não protege o direito de renunciar ao Islão.
O caso foi iniciado por uma muçulmana que abandonou o Islão. Por causa disso foi condenada por um tribunal islâmico, que actua à margem do sistema judicial, abrange apenas muçulmanos, mas é reconhecida pelo Estado.
Kamariah Ali argumenta que, sendo adulta e tendo renunciado àquela religião, não deve ser considerada sujeita aos tribunais islâmicos, mas em recurso o tribunal civil decidiu de modo contrário.