Papa pede respostas responsáveis sobre mudanças climáticas

papa-bentoBento XVI pediu aos membros da comunidade internacional que participam na Conferência da ONU sobre as mudanças climáticas, que vai decorrer em Durban (África do Sul), uma resposta "responsável, credível e solidária".

"Espero que todos os membros da comunidade internacional concordem com uma resposta responsável, credível e solidária para este preocupante e complexo fenómeno", disse o Papa, na Praça de São Pedro, Vaticano, após a recitação da oração do Angelus.

Os trabalhos da Convenção da ONU sobre as alterações climáticas e o protocolo de Quioto arrancam na segunda-feira, em Durban, sendo esperadas cerca de 25 mil pessoas.

Os prazos estipulados no protocolo de Quioto estabelecem que 37 países industrializados reduzam até 2012 em pelo menos 5%  os níveis das emissões de carbono que registaram em 1990.

Bento XVI manifestou a necessidade de serem encontradas soluções ambientais que tenham em conta "as populações mais pobres e as gerações futuras."

Na alocução dominical, em Roma, o Papa referiu-se ao tempo litúrgico do Advento (tempo de preparação da celebração do Natal), um tempo que "desperta" em cada pessoa o "retorno de Cristo" e a "memória da sua primeira vinda".

Com o Advento, a liturgia católica inicia um novo ano litúrgico, que o Papa referiu como sendo não só "um novo caminho de fé", mas também uma nova oportunidade para abrir a História do mundo ao "mistério de Deus".

Bento XVI reconheceu que, nas cidades do mundo pós-moderno, a "vida torna-se anónima e horizontal", com "Deus ausente" e o homem "senhor de si" como se fosse "o artífice e o responsável por tudo".

"Por vezes, neste mundo que parece quase perfeito, aparecem coisas chocantes, na natureza ou na sociedade, levando-nos a pensar que Deus se tenha retirado ou, por assim dizer, nos tenha abandonado", afirmou.

No entanto, Bento XVI sublinhou que, "na realidade, o verdadeiro «patrão» do mundo não é o homem, mas Deus".

Na mensagem dominical, na Praça de São Pedro, Bento XVI disse que o tempo de Advento, que se inicia neste domingo, recorda a necessidade de orientar a vida "para Deus."

"O tempo de Advento vem, em cada ano, recordar-nos que a nossa vida reencontre a sua correta orientação para o rosto de Deus", afirmou.

PR/OC