Papa pede respeito pelo direito à vida

urlBento XVI deixou hoje um apelo em favor do respeito pela "vida", assinalando no Vaticano o aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, firmada a 10 de Dezembro de 1948.

"O primeiro entre todos os direitos é o [direito] à vida", disse o Papa a representantes de movimentos e associações pró-vida de países europeus, incluindo Portugal, reunidos em Roma para a entrega do prémio 'Madre Teresa de Calcutá', que este ano distinguiu a título póstumo Chiara Lubich, fundador do movimento dos Focolares.


Perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação do Angelus, Bento XVI apresentou uma reflexão sobre a proximidade do Natal, num domingo chamado 'Gaudete' (alegrai-vos), em que se substitui o roxo pelo rosa nas celebrações de Advento, tempo que antecede a celebração do nascimento de Jesus.


"O ambiente exterior propõe as tradicionais mensagens de tipo comercial, mesmo que num tom menor, por causa da crise económica. O cristão é convidado a viver o Advento sem se deixar distrair pelas luzes, mas sabendo dar o justo valor às coisas, para fixar o olhar interior em Cristo", disse.


O Papa saudou, em seguida, um grupo de crianças que levaram ao Vaticano as imagens do Menino Jesus, para serem ali abençoadas.


"Queridas crianças, quando rezardes diante dos vossos presépios, recordai-vos também de mim, como eu me lembro de vós", pediu.


Horas antes, Bento XVI tinha tido outro encontro com meninos e meninos na paróquia de Santa Maria das Graças, em Roma, que visitou esta manhã.

"Sabemos que o Natal está próximo: preparemo-nos não só com os presentes, mas com o nosso coração", afirmou, então, desejando aos presentes "toda a alegria do Natal e toda a alegria da presença do Menino Jesus Cristo que é Deus".

Na homilia da missa a que presidiu na paróquia romana, o Papa falou do tempo litúrgico do Advento como um momento de "esperança" e de anúncio de Jesus, a exemplo da figura de São João Baptista.


Bento XVI apelou a um testemunho da "caridade", do "amor e da fraternidade", sem deixar de lado o compromisso de "purificar e reforçar a própria fé diante dos perigos e das insídias que a podem ameaçar".

O calendário do Papa até à celebração do Natal inclui, na quinta-feira, um encontro com os universitários de Roma, para a recitação da oração de vésperas na basílica de São Pedro, Vaticano, apontamento que o próprio quis hoje destacar, após o Angelus, convidando os jovens a participarem.


Por outro lado Bento XVI e o Vaticano vão associar-se às comemorações do "bicentenário da independência" dos países da América Latina, presidindo hoje a uma missa.

Em comunicado publicado pela Santa Sé, assinala-se que o Papa "acolheu com vivo apreço" a proposta da Comissão Pontifícia para América Latina (CPL).

"As comemorações do bicentenário da independência dos países latino-americanos adquiriam grande importância e ressonância", afirma a CPL, que recorda que a maioria das independências são festejadas entre 2010 a 2014, com exceção do Peru e do Brasil (2020-2022).

A missa tem lugar na basílica de São Pedro, Vaticano, pelas 17h30 locais (menos uma em Lisboa) no dia da festa litúrgica de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da região.

OC