Bento XVI diz que o tempo é mais do que fadiga, tristeza ou dor e pede «futuro melhor».
Bento XVI presidiu hoje no Vaticano a uma celebração de ação de graças pelo ano de 2011, afirmando que o ser humano não é "escravo de um tempo que passa sem um porquê".
"Outro ano chega à sua conclusão enquanto que, com a inquietação, os desejos e as expectativas de sempre, esperamos um novo", disse o Papa, na homilia que proferiu durante a oração de vésperas, na basílica de São Pedro.
Falando numa vida "breve e fugaz", em que muitos procuram um "sentido" para os "dias de fadiga e de dor", Bento XVI indicou que "no tecido da humanidade, rasgado por tantas injustiças, maldades e violências, surge de modo surpreendente a novidade, alegre e libertadora, de Cristo Salvador", pelo que "já não há lugar para a angústia diante do tempo que passa e não volta para trás".
"Com a alma cheia de gratidão nos dispomos a atravessar o limiar do ano 2012, lembrando que o Senhor vela sobre nós e nos protege. Nesta tarde, queremos confiar-lhe o mundo inteiro. Coloquemos em suas mãos as tragédias do nosso mundo e ofereçamos-lhe também as esperanças de um futuro melhor", prosseguiu.
O Papa aludiu à celebração do nascimento de Jesus, no Natal, para declarar que "o homem é filho de um Deus que entrou no tempo para resgatar o tempo da falta de sentido ou da negatividade, e que resgatou toda a humanidade".
Perante milhares de participantes, incluindo autoridades religiosas e civis de Roma, a homilia papal pediu que "a fisionomia" da cidade possa estar "cada vez mais em conformidade com os valores de fé, cultura e civilização que pertencem à sua vocação e história milenar".
"Temos muitos motivos de agradecimento ao Senhor por tudo o que a nossa comunidade eclesial, no coração da Igreja universal, realiza a serviço do Evangelho nesta cidade", disse ainda.
Ao mesmo tempo, observou Bento XVI, "é oportuno criar ocasiões de encontro com a cidade, que permitam um diálogo proveitoso com todos os que estão à procura da Verdade".
O Papa apontou para o próximo ano, em que a Igreja Católica vai celebrar um Ano da Fé e um Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, deixando votos que estas iniciativas sejam capazes de "levar à redescoberta da beleza e da actualidade da fé, não como um ato em si mesmo, isolado, que diz respeito a algum momento da vida, mas como uma orientação constante".
"As novas gerações que mais sentem a desorientação, acentuada também pela crise actual, não só económica, mas também de valores, têm necessidade, sobretudo, de reconhecer em Cristo Jesus 'a chave, o centro e o fim de toda a história humana'", precisou.
No final da celebração, o Papa deslocou-se à Praça de São Pedro, para rezar junto do presépio ali colocado, este ano dedicado à vida de Maria.
OC
Bento XVI presidiu hoje no Vaticano a uma celebração de ação de graças pelo ano de 2011, afirmando que o ser humano não é "escravo de um tempo que passa sem um porquê".
"Outro ano chega à sua conclusão enquanto que, com a inquietação, os desejos e as expectativas de sempre, esperamos um novo", disse o Papa, na homilia que proferiu durante a oração de vésperas, na basílica de São Pedro.
Falando numa vida "breve e fugaz", em que muitos procuram um "sentido" para os "dias de fadiga e de dor", Bento XVI indicou que "no tecido da humanidade, rasgado por tantas injustiças, maldades e violências, surge de modo surpreendente a novidade, alegre e libertadora, de Cristo Salvador", pelo que "já não há lugar para a angústia diante do tempo que passa e não volta para trás".
"Com a alma cheia de gratidão nos dispomos a atravessar o limiar do ano 2012, lembrando que o Senhor vela sobre nós e nos protege. Nesta tarde, queremos confiar-lhe o mundo inteiro. Coloquemos em suas mãos as tragédias do nosso mundo e ofereçamos-lhe também as esperanças de um futuro melhor", prosseguiu.
O Papa aludiu à celebração do nascimento de Jesus, no Natal, para declarar que "o homem é filho de um Deus que entrou no tempo para resgatar o tempo da falta de sentido ou da negatividade, e que resgatou toda a humanidade".
Perante milhares de participantes, incluindo autoridades religiosas e civis de Roma, a homilia papal pediu que "a fisionomia" da cidade possa estar "cada vez mais em conformidade com os valores de fé, cultura e civilização que pertencem à sua vocação e história milenar".
"Temos muitos motivos de agradecimento ao Senhor por tudo o que a nossa comunidade eclesial, no coração da Igreja universal, realiza a serviço do Evangelho nesta cidade", disse ainda.
Ao mesmo tempo, observou Bento XVI, "é oportuno criar ocasiões de encontro com a cidade, que permitam um diálogo proveitoso com todos os que estão à procura da Verdade".
O Papa apontou para o próximo ano, em que a Igreja Católica vai celebrar um Ano da Fé e um Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, deixando votos que estas iniciativas sejam capazes de "levar à redescoberta da beleza e da actualidade da fé, não como um ato em si mesmo, isolado, que diz respeito a algum momento da vida, mas como uma orientação constante".
"As novas gerações que mais sentem a desorientação, acentuada também pela crise actual, não só económica, mas também de valores, têm necessidade, sobretudo, de reconhecer em Cristo Jesus 'a chave, o centro e o fim de toda a história humana'", precisou.
No final da celebração, o Papa deslocou-se à Praça de São Pedro, para rezar junto do presépio ali colocado, este ano dedicado à vida de Maria.
OC