O Papa baptizou hoje 16 bebés na Capela Sistina, do Vaticano, tendo destacado a importância do "testemunho" pessoal e da transmissão da fé de pais e padrinhos na educação das crianças."Educar é algo muito desafiante, às vezes é árduo para as nossas capacidades humanas, sempre limitadas, mas educar torna-se uma missão maravilhosa se cumpre em colaboração com Deus", disse, na homilia da missa.
Para Bento XVI, "a primeira e principal educação acontece através do testemunho".
Após a celebração que marcou a entrada na Igreja Católica de dez meninos e seis meninas, o Papa disse que esta é a "primeira escolha educativa, como testemunho da fé", falando mesmo na "escolha fundamental".
A homilia papal destacou a vontade de Deus em dar-se "a si próprio e à sua Palavra" para preservar a "dignidade humana", alertando para a escolha de "coisas que não servem e que, por vezes, são nocivas".
Numa reflexão sobre o papel de quem educa, que comparou a um "canal", Bento XVI declarou que "o educador cumpre a fundo o seu dever" ao não deixar faltar a sua "presença atenta e fiel", mas tem como objetivo que "o educando ouça a voz da verdade no seu coração e a siga num caminho pessoal".
Após a missa na Capela Sistina, o Papa dirigiu-se para o seu apartamento, no Palácio Apostólico do Vaticano, para surgir à janela e presidir à oração do Angelus, sobre a Praça de São Pedro.
Perante milhares de peregrinos, Bento XVI recordou a celebração a que tinha acabado de presidir e falou sobre a condição de "filho", observando que "vir ao mundo não é nunca uma escolha" de cada um.
"Durante a vida, contudo, podemos amadurecer uma atitude livre em relação à própria vida: podemos acolhê-la como um dom e, num certo sentido, «transformar-nos» naquilo que já somos: filhos", afirmou.
Para o Papa, este é o sentido do baptismo, "um novo nascimento, que acontece graças ao Espírito Santo no seio da Igreja".
A solenidade do baptismo do Senhor encerra o ciclo litúrgico do Natal, no calendário da Igreja Católica (em Portugal será celebrada segunda-feira).
"Demos graças a Deus por este grande mistério, que é fonte de regeneração para a Igreja e para o mundo inteiro", assinalou Bento XVI.
Após ter saudado os peregrinos presentes, em várias línguas, o Papa despediu-se com votos de "bom domingo e, novamente, todo o bem para o ano há pouco iniciado".
OC.
