Bento XVI afirmou hoje no Vaticano que o cristianismo exige "a aventura pessoal" da busca de Jesus, para superar o "individualismo" e o "egoísmo" das sociedades contemporâneas, elogiando o exemplo dado pelos membros do Caminho Neocatecumenal.
"Nestas décadas de vida do Caminho, foi um vosso firme compromisso proclamar Cristo ressuscitado, responder às suas palavras com generosidade, abandonando muitas vezes as seguranças pessoais e materiais, deixando também o próprio país, enfrentado situações novas e nem sempre fáceis", afirmou, perante cerca de seis mil pessoas, reunidas na sala de audiências Paulo VI.
Antes do discurso papal, o secretário do Conselho Pontifícios para os Leigos, D. Josef Clemens, tinha lido o decreto de aprovação às celebrações (não "estritamente litúrgicas", segundo Bento XVI) que acompanham o percurso catequético dos neocatecumenais.
O Caminho Neocatecumenal é um itinerário de formação cristã que nasceu em Espanha, em 1964, por iniciativa do pintor e músico Kiko Argüello e da missionária Carmen Hernández.
"A Igreja acompanha-vos com atenção, num discernimento paciente, que compreende a vossa riqueza, mas procura também a comunhão e a harmonia de todo o corpo eclesial", disse o Papa.
Esta decisão, que surge após 15 anos de estudo por parte da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (CCDDS), somando-se às anteriores aprovações dos Estatutos (2008) e dos 13 volumes do "Diretório Catequético" (2011).
O Papa aludiu ainda às celebrações eucarísticas do Caminho Neocatecumenal que se realizam fora da comunidade paroquial, aos sábados, para favorecer a presença de "pessoas que se afastaram da Igreja".
"A celebração nas pequenas comunidades, regulada pelos livros litúrgicos, que devem ser seguidos fielmente, e com as particularidades aprovadas nos Estatutos do Caminho, tem a função de ajudar quantos percorrem o itinerário neocatecumenal a perceberem a graça de estar inseridos no mistério salvífico de Cristo", sublinhou.
Para Bento XVI, é necessário "não separar-se da comunidade paroquial, também na celebração da Eucaristia".
O decreto do Conselho Pontifício para os Leigos, após parecer favorável da CCDDS, aprova "as celebrações contidas no Diretório Catequético do Caminho Neocatecumenal que não estão, pela sua natureza, já reguladas pelos livros litúrgicos da Igreja".
No encontro desta manhã, o quarto do género no atual pontificado, marcaram presença, entre outros, seis cardeais, mais de 30 bispos, centenas de padres e estudantes dos seminários 'Redemptoris Mater' e 1200 equipas de catequistas itinerantes.
Bento XVI enviou 17 famílias pertencentes ao Caminho Neocatecumenal em missão para locais com baixa ou nenhuma presença de católicos, como as comunidades aborígenes na Austrália e o Gabão, bem como para cidades europeias 'secularizadas' da Áustria, Bósnia-Herzegovina, Estónia, Eslovénia, Reino Unido ou França.
Kiko Argüello dirigiu um discurso ao Papa e a todos os presentes, sublinhando a "urgência" de "passar de uma pastoral sacramental a uma pastoral de evangelização" nas paróquias católicas.
Atualmente, o movimento está presente em mais de 100 países, incluindo Portugal e algumas nações tradicionalmente não cristãs, como China, Egito, Coreia do Sul ou Japão.
OC
"Nestas décadas de vida do Caminho, foi um vosso firme compromisso proclamar Cristo ressuscitado, responder às suas palavras com generosidade, abandonando muitas vezes as seguranças pessoais e materiais, deixando também o próprio país, enfrentado situações novas e nem sempre fáceis", afirmou, perante cerca de seis mil pessoas, reunidas na sala de audiências Paulo VI.
Antes do discurso papal, o secretário do Conselho Pontifícios para os Leigos, D. Josef Clemens, tinha lido o decreto de aprovação às celebrações (não "estritamente litúrgicas", segundo Bento XVI) que acompanham o percurso catequético dos neocatecumenais.
O Caminho Neocatecumenal é um itinerário de formação cristã que nasceu em Espanha, em 1964, por iniciativa do pintor e músico Kiko Argüello e da missionária Carmen Hernández.
"A Igreja acompanha-vos com atenção, num discernimento paciente, que compreende a vossa riqueza, mas procura também a comunhão e a harmonia de todo o corpo eclesial", disse o Papa.
Esta decisão, que surge após 15 anos de estudo por parte da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (CCDDS), somando-se às anteriores aprovações dos Estatutos (2008) e dos 13 volumes do "Diretório Catequético" (2011).
O Papa aludiu ainda às celebrações eucarísticas do Caminho Neocatecumenal que se realizam fora da comunidade paroquial, aos sábados, para favorecer a presença de "pessoas que se afastaram da Igreja".
"A celebração nas pequenas comunidades, regulada pelos livros litúrgicos, que devem ser seguidos fielmente, e com as particularidades aprovadas nos Estatutos do Caminho, tem a função de ajudar quantos percorrem o itinerário neocatecumenal a perceberem a graça de estar inseridos no mistério salvífico de Cristo", sublinhou.
Para Bento XVI, é necessário "não separar-se da comunidade paroquial, também na celebração da Eucaristia".
O decreto do Conselho Pontifício para os Leigos, após parecer favorável da CCDDS, aprova "as celebrações contidas no Diretório Catequético do Caminho Neocatecumenal que não estão, pela sua natureza, já reguladas pelos livros litúrgicos da Igreja".
No encontro desta manhã, o quarto do género no atual pontificado, marcaram presença, entre outros, seis cardeais, mais de 30 bispos, centenas de padres e estudantes dos seminários 'Redemptoris Mater' e 1200 equipas de catequistas itinerantes.
Bento XVI enviou 17 famílias pertencentes ao Caminho Neocatecumenal em missão para locais com baixa ou nenhuma presença de católicos, como as comunidades aborígenes na Austrália e o Gabão, bem como para cidades europeias 'secularizadas' da Áustria, Bósnia-Herzegovina, Estónia, Eslovénia, Reino Unido ou França.
Kiko Argüello dirigiu um discurso ao Papa e a todos os presentes, sublinhando a "urgência" de "passar de uma pastoral sacramental a uma pastoral de evangelização" nas paróquias católicas.
Atualmente, o movimento está presente em mais de 100 países, incluindo Portugal e algumas nações tradicionalmente não cristãs, como China, Egito, Coreia do Sul ou Japão.
OC