Bento XVI deixou uma mensagem de esperança a todos os que sofrem e a todas as vítimas de violência.
Um forte apelo à liberdade religiosa marcou o discurso de Bento XVI, esta sexta-feira, no início de uma visita de três dias ao México. Milhares de pessoas receberam o Papa, em ambiente de festa.
Depois de um voo de 14 horas, o Santo Padre disse no aeroporto internacional de Silao, em Guanajuato, que vem ao México como “peregrino da fé, da esperança e da caridade”.
Bento XVI convidou os católicos a serem “missionários no meio dos seus irmãos, partilhar a fé com os outros e ser fermento na sociedade, contribuindo para uma convivência respeitadora e pacífica, assente na incomparável dignidade de toda a pessoa humana, criada por Deus, e que nenhum poder tem o direito de esquecer ou desprezar”.
Tal dignidade, salientou, “manifesta-se de forma eminente no direito fundamental à liberdade religiosa, quando vista no seu genuíno significado e na sua plena integridade”.
Nestas palavras à chegada ao México, o Papa recorda que a caridade é um “elemento essencial” da missão da Igreja e “ninguém fica excluído, por causa da sua origem ou das suas convicções”.
A missão da Igreja, frisou, “não entra em competição com outras iniciativas privadas ou públicas, antes, pelo contrário, colabora de bom grado com quem persegue estes mesmos fins. Nada mais pretende senão fazer, de maneira desinteressada e respeitadora, o bem ao necessitado, a quem tantas vezes o que mais falta é precisamente uma prova de amor autêntico”.
O México vive mergulhado num clima de violência por causa dos cartéis da droga. Bento XVI deixou uma palavra de esperança e prometeu rezar “de forma especial por quem mais necessita, particularmente pelos que sofrem por causa de antigas e novas rivalidades, ressentimentos e formas de violência”.